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Memória Póstumas

Memória Póstumas

“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas”

Lançado em 2001, o filme busca reproduzir a genialidade da obra de Machado de Assis em um pouco mais de 100 minutos.Com Petrônio Contigo e Reginaldo Faria interpretando Brás Cubas, o bom vivant, o enredo busca seguir de maneira fidedigna a obra, trazendo muita acidez e sutileza nas críticas sociais.

O filme recebeu três indicações ao Grande Otelo, uma espécie de “Oscar” brasileiro, ainda foi extremamente premiado no Festival de Gramado, onde levou 5 kikitos de ouro.

A obra do Machado é tida como um marco da literatura brasileira inaugurando o movimento Realista, movimento esse que trazia profundas críticas à burguesia do período e ao seu status quo. O movimento surge em um momento extremamente conturbado nos bastidores da política brasileira (não que em algum momento tenha sido tranquila), onde se tinha o partido Liberal e o Conservador em intensos debates, mas ao mesmo tempo em uma estranha ligação de co-dependência, já que havia uma alternância constante de ambos no poder. Além disso o debate abolicionista começa a ganhar muita força no espaço intelectual brasileiro e posteriormente no ambiente público, e para a sociedade daquela época isso era um desastre, já que a elite se sustentava tanto economicamente quanto politicamente a partir da exploração da mão de obra escrava.

A crítica machadiana

A crítica à burguesia que o realismo pregava vem de uma maneira genial, vem justamente embutida no protagonista da história, o bom vivant, o malandro, o folgado Brás Cubas.

O personagem é basicamente um retrato da elite brasileira no período, cheia de privilégios e vontades que só eram possíveis serem supridas mediante a uma extrema desigualdade. Em uma sociedade estratificada entre elite, pequenos comerciantes, escravos e trabalhadores livres, a relação de dominação é extremamente clara na obra, um exemplo desse domínio é a icônica cena onde Brás Cubas quando criança faz seu escravo Prudêncio de cavalo, o montando, o chicoteando e fazendo ele dar voltas ao redor da casa.

O próprio estilo de narrativa da obra é uma forma de denunciar o egocentrismo da elite brasileira, já que por um mero capricho Brás Cubas decide narrar o livro a partir do “fim”, ou seja, da sua morte para o início da sua vida.

O fato é que a obra do Machado parece quase que atemporal, já que muitos aspectos daquela elite ainda podem ser encontrados na elite de hoje.

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